Meu martelo de borracha.
minha profissão. minhas crises. meu mundo.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Para um 12 de junho gostoso
Gozo palavras. E elas saem cuspidas da boca. Palavras quentes, molhadas, com cheiros. Gozo pele tocada. Gozo boca serrada. Gozo tapas, puxões. Gozo pele morena, cabelo ondinha. Gozo mordida doída. Gozo pêlos, pedaços. Gozo grito gritado, gemido contido.Palavras de tamanho cumprido, miúdo, esticado, palavras que gozam. Ouvido, baba, arranhão, três dedos de uma vez, coloca, vai, não goza, o que?, pepino, grosso, enfia, chupa gostoso, assim, de quatro, rebola essa bundinha, gostoso, mete rápido, me fode, fode, duro, não grita, quietinha, goza na minha buceta, quero seu gozo pra mim, me dá, você é meu, minha putinha.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
filosofando a dor
eu n tenho vestidos maravilhosos, nem muito dinheiro. eu não sou popular, nem tenho meu próprio escritório. minha família n é tradicional, não conheço pessoas famosas ou influentes, minha pele n é boa e meu corpo não é mais o mesmo de antes. não tenho talento pra diva. mas eu quando ando pelas ruas toco os galhos de árvores que passam pela minha cabeça. eu olho pro chão e desvio das formigas. cheiro as flores, reparo as cores. quero ter o maior jardim do mundo, fazer bolo de cenoura com cobertura de chocolate pras crianças no final de semana, fazer uma muda de planta pra cada amigo, amar a lua a chuva o sol o vento, quero chorar no colo da minha mãe sempre que der, adoro falar sobre o amor, sobre sexo, sobre signo.
tenho a teoria de que o amor rege nossas vidas...há quem discorde.
tenho a teoria de que o amor rege nossas vidas...há quem discorde.
segunda-feira, 28 de março de 2011
oi
hoje eu quero ser simpática com vc.
quero que vc me entenda, vc que está me lendo, agora.
eu não escrevo faz tempo, isso é importante de dizer, porque eu realmente estive em outro lugar esses últimos dias.
eu estive num lugar que descobri, ser só meu. o meu lugar.
vc já descobriu que vc tem o seu?
é preciso tomar cuidado, porque lá é tão seu, que você pode querer ficar, Sozinho, pra sempre.
o pra sempre é muito tempo. acho que eu ia enjoar do pra sempre. então quero poder ir e voltar quando eu puder.
bem, eu estive neste lugar por esses dias, e quase não quis voltar. eu sinto que estou voltando.
eu estive fora porque precisava morrer, e nascer de novo. nascer... diferente, entende? eu preciso que vc me entenda.
a coisa acontece assim: primeiro eu fico muda. eu não digo muita coisa que gostaria de dizer. eu até preciso dizer, mas não digo. é preciso n dizer. isso vai se transformando em energia pra mim. energia boa, produtiva, criativa!
depois eu preciso sofrer. eu entro em crise. eu acho que todos estão errados. que eles não me entendem, que eu não vou conseguir, ou que até vou, mas que vai ser muito difícil. e deve ser difícil, tem que ser. eu faço ser.
eu choro, eu sinto raiva, eu fico pesada. e vou guardando tudo pra mim.
em seguida dessa crise, eu me lembro que é preciso se abrir um pouco, que é preciso sorrir. me divertir só um pouquinho. é preciso saber a dose certa. então eu começo a me envolver. eu busco uma relação intensa. eu quero amar. eu começo a me entregar. e nesse momento não tem mais volta.
agora é preciso ser racional, dedicada, concentrar ainda mais as energias que foram sendo guardadas dentro de mim. acho que elas ficam num saquinho de plástico dentro do meu estômago.
o saquinho vai aumentando. o estômago vai queimando.
de repente eu estou suspensa. suspensa no ar. no meu lugar. com o meu saquinho. tudo parece estar no seu lugar. eu vejo lá de cima e realmente tudo está no seu lugar, como tinha que ser. só eu não estou ali, em baixo, onde devia estar. meu corpo está leve e o saquinho cheio de energia querendo descer.
esse é o momento em que eu estou agora.
aqui, sentada no sofá escrevendo pra vc que me lê, e que me entende, ou ao menos procura me entender. assim eu espero.
a próxima coisa a acontecer será daqui uns dias. daqui exatos 2 dias. num palco. com luzes, figurino, e você.
sabe o que vai acontecer? ali no palco? eu diante de vc? meu saquinho vai estourar. meu estômago vai parar de doer.
acho que é isso que vai acontecer.
quero que vc me entenda, vc que está me lendo, agora.
eu não escrevo faz tempo, isso é importante de dizer, porque eu realmente estive em outro lugar esses últimos dias.
eu estive num lugar que descobri, ser só meu. o meu lugar.
vc já descobriu que vc tem o seu?
é preciso tomar cuidado, porque lá é tão seu, que você pode querer ficar, Sozinho, pra sempre.
o pra sempre é muito tempo. acho que eu ia enjoar do pra sempre. então quero poder ir e voltar quando eu puder.
bem, eu estive neste lugar por esses dias, e quase não quis voltar. eu sinto que estou voltando.
eu estive fora porque precisava morrer, e nascer de novo. nascer... diferente, entende? eu preciso que vc me entenda.
a coisa acontece assim: primeiro eu fico muda. eu não digo muita coisa que gostaria de dizer. eu até preciso dizer, mas não digo. é preciso n dizer. isso vai se transformando em energia pra mim. energia boa, produtiva, criativa!
depois eu preciso sofrer. eu entro em crise. eu acho que todos estão errados. que eles não me entendem, que eu não vou conseguir, ou que até vou, mas que vai ser muito difícil. e deve ser difícil, tem que ser. eu faço ser.
eu choro, eu sinto raiva, eu fico pesada. e vou guardando tudo pra mim.
em seguida dessa crise, eu me lembro que é preciso se abrir um pouco, que é preciso sorrir. me divertir só um pouquinho. é preciso saber a dose certa. então eu começo a me envolver. eu busco uma relação intensa. eu quero amar. eu começo a me entregar. e nesse momento não tem mais volta.
agora é preciso ser racional, dedicada, concentrar ainda mais as energias que foram sendo guardadas dentro de mim. acho que elas ficam num saquinho de plástico dentro do meu estômago.
o saquinho vai aumentando. o estômago vai queimando.
de repente eu estou suspensa. suspensa no ar. no meu lugar. com o meu saquinho. tudo parece estar no seu lugar. eu vejo lá de cima e realmente tudo está no seu lugar, como tinha que ser. só eu não estou ali, em baixo, onde devia estar. meu corpo está leve e o saquinho cheio de energia querendo descer.
esse é o momento em que eu estou agora.
aqui, sentada no sofá escrevendo pra vc que me lê, e que me entende, ou ao menos procura me entender. assim eu espero.
a próxima coisa a acontecer será daqui uns dias. daqui exatos 2 dias. num palco. com luzes, figurino, e você.
sabe o que vai acontecer? ali no palco? eu diante de vc? meu saquinho vai estourar. meu estômago vai parar de doer.
acho que é isso que vai acontecer.
sábado, 12 de março de 2011
blábláblá
hoje eu sonhei que queria morrer.
sonhei que ninguém me via.
que eu fiquei pra trás.
que nada do que eu fazia era bom.
que tinha um diretor e duas atrizes.
as duas viraram uma só.
eu não era essa uma.
a uma era essa outra.
eu só ficava no meio do palco parada.
eu dizia o texto, mas eu esquecia...
o diretor me mandava decorar essa merda.
eu não tava errada...o texto era assim...eu tinha que esquecer mesmo.
eu falava um blábláblá, mas eu não podia.
eu não sei o que acontecia, eu tava sempre errada.
eu sonhei que tava ficando difícil pra mim...
que me esqueciam e que eu quis morrer.
sonhei que ninguém me via.
que eu fiquei pra trás.
que nada do que eu fazia era bom.
que tinha um diretor e duas atrizes.
as duas viraram uma só.
eu não era essa uma.
a uma era essa outra.
eu só ficava no meio do palco parada.
eu dizia o texto, mas eu esquecia...
o diretor me mandava decorar essa merda.
eu não tava errada...o texto era assim...eu tinha que esquecer mesmo.
eu falava um blábláblá, mas eu não podia.
eu não sei o que acontecia, eu tava sempre errada.
eu sonhei que tava ficando difícil pra mim...
que me esqueciam e que eu quis morrer.
quarta-feira, 2 de março de 2011
é brega? talvez seja. essa é pra você que me "vê".
Eu tenho medo quando você me vê. quando você me olha. você me olha de um jeito, um jeito que me fere. um jeito que é só seu. eu não tenho como escapar.
eu tento, eu procuro me esconder. eu quero ficar com as minhas roupas. quando eu te vejo, nesse exato momento em que eu te vejo, você tira as minhas roupas. eu fico, eu sei que fico, porque eu sinto, eu olho e vejo "eu tô pelada".
e eu só quero ter medo, eu só quero que você não me olhe. não olhe pra mim. não olhe pra mim. não olhe pra mim. não posso fugir. eu não posso fugir. e eu te olho. eu te vejo. o teu olho, o meu olho. o meu corpo nu, ali, na tua frente. agora eu quero que você repare em mim. no meu corpo pelado, na minha fragilidade que se transforma em força, na minha voz. olhe pra mim. só pra mim. eu me entrego pra você no exato momento em que eu sei que não posso mais voltar, eu não posso mais parar, eu só posso ir, só posso se você me vê, assim...nua, tua.
eu tento, eu procuro me esconder. eu quero ficar com as minhas roupas. quando eu te vejo, nesse exato momento em que eu te vejo, você tira as minhas roupas. eu fico, eu sei que fico, porque eu sinto, eu olho e vejo "eu tô pelada".
e eu só quero ter medo, eu só quero que você não me olhe. não olhe pra mim. não olhe pra mim. não olhe pra mim. não posso fugir. eu não posso fugir. e eu te olho. eu te vejo. o teu olho, o meu olho. o meu corpo nu, ali, na tua frente. agora eu quero que você repare em mim. no meu corpo pelado, na minha fragilidade que se transforma em força, na minha voz. olhe pra mim. só pra mim. eu me entrego pra você no exato momento em que eu sei que não posso mais voltar, eu não posso mais parar, eu só posso ir, só posso se você me vê, assim...nua, tua.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Eu AINDA me submeto.
Primeiro: eu queria estar ganhando dinheiro. Muito dinheiro.
Segundo: eu queria estar ganhando dinheiro. Muito dinheiro.
Ontem eu deitei na cama e tive uma grande idéia pra começar meu segundo post. Uma frase boa. Dessas que a gente se orgulha de ter criado! Eu repeti ela na minha cabeça várias vezes pra eu não esquecer...acordei e ela, claro, já era.
Não tem nada de genial no que eu escrevo. A minha mãe diz que tem. Diz que sente saudade das coisas que eu escrevo. Eu amo a minha mãe...
Gravando um curta esses dias, com uma galera nova que eu nunca tinha trabalhado, com uns atores de são paulo, que nem te dão "oi" pq eles já fizeram novela e são irmãos de famosos, eles não se misturam com atores e atrizes como eu. Bom, gravando esse curta que eu fiz apenas pela grana...devo admitir, uma graninha de bosta, mas que eu realmente estava precisando desesperadamente dessa graninha de bosta, eu aprendi muita coisa, embora não tenha feito nada, só apareço lá no fundo do quadro...eu sou uma alucinação da "atriz famosa."
Como atriz experiência zero, aprendizado zero e talvez curriculo zero. Como pessoa, como Débora, até que aprendi muita coisa. Aí vai:
Primeira lição - Eu não sou famosa e talvez nunca seja.
Segunda lição - Admiro muito quem faz figuração, fica o dia inteiro num set de fimagem, esquecido por todos, e na hora de filmar só aparece da cintura pra baixo. E admiro os atores e atrizes que tem só uma fala e fazem aparições de personagens esquizofrênicos, ou seja, praticamente papel de fantasma.
Terceira lição - Agradeço muito por ter amigos. E pelos amigos me darem emprego. Trabalhar com amigos é melhor do que qualquer 270 reais.
Obrigada Deus.
###@@@@&*&**&*&##****####!!!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
oi.
meu nome é débora.
muito prazer.
obrigada por estar lendo meu post.
esse blog existe devido a uma grande vontade de desabafar!
desabafar coisas da minha incrível profissão, assim eu posso dizer porque sou mesmo, de verdade, formada e tudo mais, em artes cênicas- interpretação- bacharelado, pela faculdade de artes do paraná. passei em vigésimo terceiro lugar. eram 30 vagas (eu acho), a concorrência era de seis e pouco por vaga. ou seja, isso tudo não quer dizer nada.
se eu sou boa atriz?
hum, talvez sim, talvez não.
sei que não sou tão boa quanto alguns gostariam que eu fosse, eu peço desculpas! estou decepcionando você? talvez eu esteja me sentindo muito mais decepcionada comigo mesma. é o que eu tenho pra te oferecer...hoje.
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